A consciência, perda de mim no que sou. Serei o que sou sem palavras. Ações são o limite das palavras. Deixo-a, vida, para a eternidade, não para mim. O céu cresce nas palavras que definem o céu sem o céu. Palavras são a vida do céu. Não há céu ao lembrar de Deus: há apenas Deus. Lembrar de Deus sem me esquecer é transcendência. Ir além de Deus é morrer sem Deus. Liberto-me de me libertar. Morri dos meus sonhos, como a tristeza que não aparece e, se aparece, não aparece como é. Tocar na consciência é deixá-la partir, pela consciência eterna, onde o mundo é mundo. Não pretendo ser eu para ti. Não sei como o tempo é consciente de mim. A morte, distante, me faz morrer. Ter alma de adeus, é voltar a vida. Corri, sem sair do que sinto, corri da minha solidão, da minha esperança. Mas não tenho medo, apenas necessito fugir de mim. O tempo é como me refazer sem o nada. Nada sou sem o nada. Eu vi o nascer sem sol.
O que fazer com a vida? |