Blog da Liz de Sá Cavalcante

A morte é um milagre de Deus

A morte é o milagre de Deus, inacessível, como a sombra da minha ausência! Não presencio o milagre de morrer, nem pela ausência, nem pela presença. A morte não pertence ao ser, pertence a Deus. Apenas Deus morre concretamente no que é, sem sentir saudades da vida: é um milagre imperceptível, como respirar, mas não é o respirar vital, é o respirar da alma em mim, como sendo o começo de tudo, e a concretização do amor, seja ele divino ou humano, é a mesma alma que eles possuem, como um resto de sol, que ficou guardado no amor! Se Deus me desse a morte como ela veio ao mundo, como alma, eu seria feliz!

A ocultação do não ser

Já é tempo de diferenciar entre a obscuridade da vida e a minha alma! Não dá pra me esconder de mim, então eu fingindo que apareço, ao menos para me esconder! É mais fácil esconder o ser de si mesmo do que esconder o não ser do não ser! Se o tempo disse algo de meu, não foi amor, escutei pelas sombras do meu pensamento! Nem a minha sombra está inteira, deixou enfraquecido o sol das circunstâncias, fez-me luz da minha sombra! Sei o que não escutei, não escutei pois já existe em mim! Não existe como existência, mas existe como fim! Fim do que não aconteceu, e jamais acontecerá, nem mesmo pelo fim. A falta do único começo é o fim. O fim é o único começo, a única essência do ser! Os beijos sufocam a alma, renúncia do prazer! Meus beijos dou a mim mesma, como se escutasse minha voz na poesia! Poesia não é voz, é sentimento! A saudade desse sentir sou eu! Apenas em pensar nesse sentir, me sinto mulher, como o amanhecer da poesia! Apenas o abraço da poesia me tira da solidão! Poesia é a certeza de retornar! Deixa o vento me levar como poeira do teu amor, onde floresce a vida: de poeira! Poeira, que me faz respirar por ti, como se não pudesse respirar sem ti, vida!

O que se perde ao amar

O nada na solidão do tudo em mim me faz amar sem amar. A solidão é se contentar com qualquer amor, até mesmo imperceptível! Será que o que não se percebe existe? Existir é apenas perceber? O que não existe vive! Nada vai mudar o imperceptível, ele é como a chuva que cai sem pensar nas gotas de água, que precisa ter para haver chuva. A chuva é imperceptibilidade da vida, é a falta de acesso ao viver!

É pela falta de realidade que sei o que é viver! Deus, tenha misericórdia da minha alma, que não consegue ser alma, mas consegue amar, ser feliz, como se meu corpo não tivesse sombra. A sombra é onde meu corpo se esconde. Se a sombra fosse meu corpo, seria mais corpo do que o meu corpo?! Formar a vida não é criar a vida. Para criar a vida, tenho que renunciar meu sentimento de viver, que não é o mesmo que viver! A solidão aconchega a alma, num amor infinito, por causa do seu fim! O fim é infinito, está nos meus sonhos, na vida, em mim, no meu amor! Se a ausência é a única realidade, amo a ausência, me preencho com ela. O que se perde em amar é cheio de ausências, respiro e engulo a seco minha ausência, que é o silenciar depois de amar!

Mas o depois de amar também é ausência! Nascer é uma ausência que se perde, como se fosse infinito! Por isso, deixo o nascer morrer em mim, antes mesmo de eu nascer! Nada precisa nascer nem morrer, preciso apenas ficar só, no que sou, ao tomar conta dos meus pensamentos, como, se um dia, eu fosse nascer, pelo amor do meu pensamento. Sem o amor do meu pensamento, não sei amar, estou incompleta, mesmo plena de amor. Meu amor não me trará minha poesia para mim, ela pertence à minha ausência!

Talvez, não tenha ausência na ausência. Talvez, não estou ausente, e, sim, feliz por ser eu, que criei a poesia em mim. Nem mesmo a ausência me impediu de criar. Poesia, não existo, sou a vida da poesia, ela me sente nascer o tempo todo, de dor, de alegrias! Mesmo que eu nunca nasça, exista, sou a presença eterna da poesia! Não precisamos nascer, existir, temos uma à outra, onde, agora, existe amor!

Vida abismal

Minha vida não é a última vida em mim. Nessa vida abismal, a fala muda é o resto do abismo como sol, sendo o comunicar eterno de morrer que vive em mim. A falta de dizer não é a eternidade do silêncio, é a eternidade entre mim e eu. A eternidade é o horizonte da fala no fim do abismo. Vi o céu na minha dor, é como me decompor em céu, apenas em não sofrer a dor não tem alma, mas tem o céu à sua disposição. Não adianta não sofrer, pois eu ainda sou eu! A vida não é real.

Sua realidade veio do infinito, que somos nós, mais do que o infinito, necessito amor. Se o infinito é amado, e eu não, o que ainda é amor? É apenas o infinito alcançável de ser que não é acessível quando ama. Eu vivi o amor, sem o infinito, vivi o amor pelas pessoas, que é mais infinito ainda: é como ter olhos, alma, ser, espírito, para amar. Deus é amor, se o aceitamos em nosso amor, mas meu amor não pode existir. Sem Deus na alma, nada pertence a nada, foi longe deste pertencer que encontrei Deus.

O nada pertencer é tão forte que vejo a alma de Deus. Os abraços esquecidos no amor são o livre chorar de Deus, abençoando a minha solidão, a separação da alma e do corpo, é a vida por mim, nada faz falta à solidão, ela apenas necessita de amor como eu! Pensava ter teus sonhos em mim, mas é como se fosse a última estrela do céu. Eu não vou mudar, nem mesmo que a vida se torne morte. Falta nos sonhos o meu ser, o nada não significa nada, é o que falta nos meus sonhos, para eles serem felizes: fingir que nada existe, como o sonho não existe. Eu confio no nada, mais do que em mim. Como posso ser nada até para o nada?

As lembranças permanecem no nada do ser, tudo que chora consola o tempo, por ele não partir, o consolo, às vezes, é partir na ausência. O silêncio não tem culpa da minha ausência, ela podia existir em palavras. Depende de mim dar um sentido a essa ausência, ela pode ser a poesia de amanhã, mas agora quero ser presença, ao menos nas minhas poesias, que, mesmo ausente, consigo sentir a poesia, e criar em cada poesia. A minha vida, por mais ausente que seja, é feliz. Como a poesia tem alma, a ausência como permanência da poesia no ser, tudo é eterno. Na alma, nada é eterno, pois é sem fim. Me desdobro tentando compreender por que a poesia tem um fim, mas a poesia continua dentro de mim, como se fosse você em mim.

O tempo se foi, a vida se foi, continuo a sentir a poesia na minha dor, na morte, na vida que se foi sem partir! O abismo existe mesmo, eu me renuncio, mas continuo a amar, seja ou não no abismo de mim. Apenas o amor substitui toda realidade, até a realidade da falta de amor que não perde o valor da poesia, apenas fica triste em eu sonhar, ser, existir. Consigo ser apenas poesia, pois tudo piora, ninguém mais suporta ser só, nem pela poesia, nem pela vida, nem pela morte, enfim, eu!

Pelo relógio do amor

Pelo relógio do amor, sempre é hora de amar! Deixo tudo para amar! As horas perdem o sentido perto do amor! Tudo que é leve é pesado na alma, como se o tempo tivesse partido, na leveza de um único instante perdido, que suaviza a vida! Enfim, posso morrer! Morrer como um instante perdido de amor!

Saindo de mim (Para Pai)

Saindo ao voltar, saindo de dentro de mim para a vida. Saindo de mim, faço parte do outro, não agora, não depois, mas sempre! É nesse sempre mais o ser. O que podia ser excesso pode ser amor! Meu ser é possível sem sair de mim, mesmo assim, o sinto sair de mim, como se fosse a vida que eu expulsei de mim, como sendo o único sol escondido na multidão do céu! Há como deixar o sol pelo céu.

Deixar o sol no céu é esquecer o sol em sua luz! A ausência do céu desperta o sol para a vida! A ausência é a falta do sol. O que posso fazer a estrela retorna, como sendo depois do meu sonho, o sonhar! Estou me dividindo em estrelas do céu. Não tenho luz, mas posso oferecer minha poesia na luz do teu amor, a iluminá-la! Ninguém nunca amou o permanecer do teu amor, tanto quanto eu! Céu, me faça de mim mesma, me reconstrua, como se o céu faltasse em minha alma. Meu amor, estrela sem céu, onde danço com a vida, o que não vivi e não viverei jamais! As estrelas acendem a dança da vida, me deixam paralisada, numa escuridão profunda, onde sei que tenho um corpo: não o sinto: como uma estrela a desabar no nada do mundo, até que o mundo seja uma estrela!

O amor seja uma estrela a brilhar no céu, onde as melhores coisas acontecem, por eu me tornar uma estrela tão pequena, que me deixo ser essa estrela, explorar céus desconhecidos, esquecer o que vivi de mim. Minha única lembrança, minha única alegria, é ser apenas luz, sem essências, verdades, mentiras, dor. O céu não me abandona como estrela, me abandona como ser! O meu ser salvou a estrela, ela não me salvou, me incorporou, até ser eu! Eu, por mim, sem me ter! Onde o tempo é uma escolha, um momento, em que a vida é esquecida, em vez de nós! Enfim, lembro de mim sem a vida, sem o vazio de existir! Somente queria que me visse ainda como uma estrela, mesmo não sendo mais essa estrela, para ser o universo do amor, que enfrenta a claridade com a luz! Luz que afaga a escuridão, a abraça, a envolve, para que eu morra em paz, nos braços do amor! Por ti, amor, eu morro.

A alma do sonho é a morte

Minha alma vive no que não existe em mim: meu interior: é a morte! A proximidade do céu é a vida, onde a morte não alcança! A morte é o espelho da alma, que define a imagem como reflexo do nada, que transparece na morte, onde não é possível morrer o olhar. Suspirar não afasta a alma, não afasta a morte de mim! Crescer é fazer da renúncia vida! Renúncia é inspiração para viver, e para morrer. A vida e o sonho vão além da vida, do amor! Alegria, quando puder, viva por mim, em mim! A decisão de morrer são portas imaginárias ao ar livre, fechadas para não perceberem o quanto amo, embora sejam apenas imaginação do amor, de amar! Meu amor foi exposto ao mundo, à vida, para poder demonstrar sua tristeza sem dor! As portas se abrem e fecham, para a lembrança não fugir de mim! Quando a porta se abre, é a lembrança retomando meu ser, retomando como amor! Vou encontrar as lembranças no segredo da vida.

Lágrimas ao vento

O tempo não destrói vidas, ele constrói o mundo, o universo, que é vida da vida do ser! Não há o que chorar com a morte, a morte é o fim da dor! Surgir é perecimento, como uma rosa que se entrega ao jardim! Minhas lágrimas ao vento se perdem num jardim sem flor! Meu olhar é a flor, que preencheria o jardim! As lágrimas não sopram o vento. Apenas o sopro de vida pode assoprar o vento, num único fôlego, que, por respirar, perde o infinito! O amor solitário dura mais que o amor no outro! Foi sozinha que conheci o amor. Nada perco em me sentir, mesmo assim não sei qual é a lembrança, a vida do meu sentimento, mas sei que sinto. O vento assopra o amor das tempestades de ser amor!

A alma é o sol do céu

As lágrimas são vontade de chorar. Não choro lágrimas, choro vida, onde a alma é o sol do céu! Minha segurança é sofrer! Não existe distância para sofrer! O que pode estar na alma, o que ela é? A alma é distante, como se o sol rezasse pela ausência da vida! O que desencanta minha alma encanta o meu ser. Se eu pudesse alternar entre a vida e a morte, seria ausente! A tranquilidade é o sol, um punhal de sol no meu peito, a florir o infinito! Ninguém me contou que o infinito são flores, mas o infinito são flores! A palavra não existe, existe o ser na palavra. A palavra cessa a vida, a consciência, mas não cessa o ser! A mudança não está no ser, no amor, no indefinido!

O que muda não sou eu, é o tempo! Apenas o fim se transforma, como se fosse mudar pela humanidade. O que mudou no fim foi a ausência, agora eterna! A eternidade da ausência faz do tempo ilusão! Não dá para separar o tempo da realidade, mesmo com o tempo sendo ilusão. A alma é o sol do céu, que dá vida ao tempo, à morte, de se refazerem, como se o céu os esperasse, ansioso. Não há mais o sol, mas há o amanhecer, há vida, que não acontecia pela presença do sol! Nada vejo na luz, nem mesmo a presença do sol! Vejo pela ilusão das coisas, de viver! Nada falta para quem tem ilusões!

O abismo de luz

Há algo pior que morrer, arrancar um pedaço da minha alma, num abismo de luz, é pior do que morrer! Amo ainda mais sem a vida, as pessoas, é como se fosse um sonho eterno, presença eterna de amar! A alma é amaldiçoada ao existir, a alma não deveria existir em mim, nada precisa existir, tudo é apenas um abismo de luz. Tudo se abandona, mesmo sem abandono! O abandono é apenas luz, em busca de um abismo! A alma, devoção de um silêncio, rompe barreiras com as palavras, o nascer do sol é olhar que mais se aproxima de viver, viver por um olhar, que perceba minha solidão. A minha pele renasce na chuva como se fosse o sol.

Nem o sol nem a chuva poderão viver um grande amor por mim, nada, nem ninguém, pode ser esse amor, ele existe apenas em mim! Por mim o amor viverá, como se suportasse a dor, se o tempo partir com o amor que lhe resta vou acreditar, e conseguir, enfim, sonhar no tempo perdido. Nada perdi sem o tempo, a alma é o que existe dentro de mim que vence o tempo com o amor. O amor é alma toda minha que torna o abismo de luz um céu profundo, se as coisas, o nada, fossem a vida que são, tudo seria melhor! Deixo a luz entrar na luz do meu ser, mas nada tem mais luz que a luz, nada mais pode deixar meu olhar vazio, nem mesmo o vazio, que pode ser qualquer coisa que amenize meu ser de existir, tudo morreu inexistente de mim, há tudo a chorar pela morte, mesmo que ela não seja dentro de mim, me dilacera, até mesmo sem dor!

Meu olhar entra pra dentro de mim como sendo o que ficou perdido pela interiorização que cessou meu ser por um olhar alheio a mim não pode ser meu, meu olhar deveria me fazer sentir a mim, a vida! As palavras são um respirar profundo, onde durmo mágoas acordo morta, liberto meu ser de ser sem morrer a existir sem ser, é fácil salvar a vida, difícil é salvar a salvação. A morte supera a vida, afasta o sol da minha luz, até que, ao surgir a escuridão, a claridade seja o vazio expandir a tristeza na claridade de onde nasce a alegria e a alegria é luz, é sabedoria! Essa sabedoria faz morrer a solidão! Ninguém é só ao se conhecer, nada posso fazer pela sabedoria, nem ela por mim, ela não pode transformar morte em vida, ver o olhar no olhar é deixar o real num olhar, o inseparável se dá na separação, não há separação no abandono, o abandono é o absoluto, é morrer!

Tudo que é ruim tem um motivo, esquecer o mundo, a vida, deixar o céu se fazer em mim como o fim das poesias e o começo da fala, falar é uma poesia que nasce da poesia, do ser! A vivência é o outro lado do ser, mas somente reconquista a vida ao vivê-la. Vivência é uma maneira de falar ao me sentir, mas sentir também é o que falta por vivenciar nada, resta ao sentir. O que se perde em vivência se ganha em saudade, falta, que é mais que vivência, é o que a vivência não vive, a vivência não precisa viver.

Como se sabe da vivência?! Pelas perdas, faltas, que é por onde a vivência existe, sem perder, nada se tem ou existe! Tudo para ser a perda de mim, já que nada consegui na vida além das minhas palavras, que não sei se se tornam mesmo poesia, meu sentir são perdas, que não podem ser tiradas de mim! A perda quer mais que o meu sentir, quer eu inteira, de corpo e alma nesta perda, até que a perda se torne solidão. A solidão é o fim do sentir, a vida acabou, mas a poesia persiste, ainda existe.

A poesia me fez esquecer a mim por causa do fim, o fim é a única lembrança da vida, o fim pode ter a alma que eu quiser, não posso escolher minha alma, posso lhe dar um fim! O fim é o passado inexistente, que existe como fim! A vida passa despercebida, sem o sol tudo é conectado pela esperança da falta de vida, de sol! A alma não se realiza como alma, sua chance de viver é deixar o sol se pôr como se ele já fosse sua existência, ele é mais do que a existência da alma, é a existência do sol, onde a alma ama ardentemente. O dia é do sol, nunca da alma! A alma usa o meu próprio sentir, como se fosse o fim de tudo, tudo vale o fim, tudo fica no fim, mas não permanece como fim. O fim de um olhar, um ser, um amor, não é o fim de tudo.

O fim é a única maneira de lutar por mim, eu sou luta, a vida é desistência, juntas não se pode desistir, nem lutar pelo nada! As vivências nunca serão vividas pelo ser, o ser é apenas ser, vivências do nada fazem eu retomar a vida sem vivências. Não sinto falta do que não vivi, nada preciso viver em ser. O tempo faz falta às vivências para se manter no real, se acobertar no nada do que me proteger? Será o nada uma defesa de se viver? Não posso me proteger do nada, do tudo posso me proteger, da proteção. A vida cindida, cortada sem partes, separou o nada do nada, para o nada ver a vida, servir a vida.

A vida não se importa com sua inutilidade, faz de conta que o nada a faz viver, o nada se expressa dentro dele, começa a viver pela vida. Nada existe em mim, tudo existe no nada, o nada manda na vida. No meu sentir, o nada é o mundo, nada posso querer ou lembrar para permanecer na lembrança, essa mesma lembrança me tira de mim, sem essa lembrança, não há mais nenhuma lembrança. Tudo acontece no acontecer de mim mesma, o acontecer é a lembrança que falta na minha vida. A vida é estática, imóvel, não contempla a lembrança, ela é ausência de lembranças que ficam marcadas na alma do amor. A alma pode ser justa com a morte, deixando a morte sofrer por ela, nem a morte merece sofrer, arrancar a morte da dor da alma, basta de ter alma pela dor.

A morte é uma alma descontrolada, infiel, perversa, na tristeza que já era esperada com alma, que a luz ilumine a dor, não a mim! Que o sol preserve sua luz da minha escuridão, que não é obscuridade, é clareza de existir numa só dança, num único compasso, numa única canção, num único coração, coração de todos os corações, por isso posso sofrer, amaldiçoar a solidão e me vendo partir num coração que soube amar. Isso é suficiente para eu ter clareza, como se a clareza de existir escurecesse a falta de sol de céu.

A única claridade é o nada que não pode morrer, nem partir, mas pode deixar que exista vida para os que podem nascer, vivi no tempo de amar, esse tempo será o começo de muitas vidas. Não sei se terei tempo para acompanhar a vida de quem começa a viver e demonstrar meu amor. Se você não puder conhecer meu amor, minha alma viva e será como se sentisse meu amor para sempre, como vida, como a vinda da esperança que demora, aparece quando mais preciso: na hora de amar!