Abraça-me, como se eu tivesse vida e pudesse amar. Se eu pudesse te amar, nada mudaria na minha vida, nem entre nós. A vida ergue a morte pelo caminhar eterno da morte, onde o caminho é apenas calma, silêncio, fé. Perder-me do caminho é achar que não há caminhos, e, mesmo assim, caminhar, como se o vento me derrubasse pela sua leveza de ser. Se eu morresse, não poderia mais caminhar, mas o vento continua a brincar comigo, derrubando o nada de mim. Quando o vento se tornar minha morte, eu serei a sombra do nada a afastar a morte, aproximando-me da realidade. Nada restou da morte, nem mesmo a realidade de morrer.
O amor é mais vida do que morte? |