Estou radiante, e sem luz dentro de mim. Há luzes que são o universo a pousar na vida. O nada é diferente de pensar. Amar é próximo de se morrer. É difícil ler sem ter palavras para sentir. Não há procura sem se entregar à alma. Alma não conhece o sentimento de vida, mas conhece o meu amor, quando a vida entra em mim. Penetrar em mim não é a vida entrando em mim, e sim saindo de mim. A alma é a solidão em que vivo. Mas a vida deixou de ser alma, eu deixei de ser eu pela alma. Não sei nada da vida, concentro-me no nada. Nunca poderei tornar a vida um nada. De que adianta viver se eu e todos que amo vamos morrer? Para que serve o olhar se é apenas para ver o que não devia ver? Devia ver a falta do olhar como uma morte que se repete dentro de mim? De que adianta a morte se eu posso vê-la sem o olhar? O significado de olhar é a morte, mesmo que, pela morte, tudo veja. Ver é apenas perceber, que, se tudo é morte, nada está perdido.
Radiante e sem luz |