A eternidade é um silêncio sem morte ou sofrimento. As palavras não podem dar um fim ao silêncio do ser, que é a eternidade do silêncio da eternidade. O olhar é a palavra do silêncio. O silêncio é sol, chuva, vida, mas não há silêncio na morte, por isso a morte me falta, tomando minhas palavras, minha tristeza para si. Palavras não são o fim do silêncio da eternidade. O silêncio da eternidade afasta o olhar da vida, é o som da saudade banhando o mar, por isso esquece o infinito, pela grandeza do mar, que afoga a mágoa, que era para ser silêncio, mas o silêncio da eternidade não permitiu. O silêncio da eternidade me fez feliz, pela infinitude das minhas dores, mágoas que me fazem viver, não me deixam esquecer onde a deixei: no meu amor, que um dia será o silêncio da eternidade, de onde não escuto nem mesmo o vento, para escutar meu amor, que ama só, que às vezes é chuva, às vezes sol, às vezes fim, às vezes eternidade. Não procure me amar, ame-me, pelo sol, pela chuva do meu amor.