O adeus do adeus é o ser sem adeus, sem liberdade. O ser sem adeus, sou eu, numa espera sem adeus. A espera de mim, sou eu sem ausência. A ausência é o corpo da alma. O céu de mar, de lágrimas, funda na superfície da vida. Eu sou eu, no teu saber, vida, posso ser teu saber. Não quero ir atrás da alegria, estou bem na tristeza. Ser triste me separa da alma. A alma substitui a vida. Vida, me separou de mim, não tenho medo de morrer, a morte me repugna, me torna infeliz. Lembranças desertas fazem a vida viver. Sentir-me eu não me torna eu. A imaginação é a alma boiando em mim, no flutuar eterno. A imensidão em que vivo existe apenas em mim. Existir é a inocência de viver. Nada precisa da vida. Sem viver respiro luz.