O silêncio do mar em sintonia com o sol se faz morrer, como sendo o ser que nunca existe. Querem morrer como ser, nunca como brisa. O meu ser não é o melhor de mim. O melhor de mim é morrer como se sonha. Morrer sendo a sombra da minha sombra. Nem a morte se afasta do sol, ela é a eternidade do amanhecer junto com o sol. Quando anoitece, o sol se põe no vazio, sem vazio. Não importa ser a morte se você é a vida. Na falta de amor, a brisa me enterra. Vejo o sol pela escuridão, pela solidão de morrer, onde sei que o sol sorri para me fazer feliz. Mesmo sem ver o sol escondendo o amanhecer, apenas em saber que ele sorri para mim, sou feliz. Pois a certeza do sol para mim é mais essencial do que viver. O que morrer são pedaços que deixaram de ser eu há muito tempo. Perceberam que morri depois de anos, quando compreenderam minha dor, lendo minhas poesias. Não aprendi a ser só, nunca aprenderei. Por isso, morrer enquanto tudo é luz, amor. Deixem-me morrer enquanto a morte está compreendendo a minha dor, que não é de morrer, essa dor sou eu.
O dom e a força de morrer |
