A alma vive apenas nos mortos, por isso sinto falta da morte, num suspirar de morte. A alma vive entre os vivos, no meu suspirar de morte. Na morte, os sonhos são outros. O sonho da morte é proibido, por isso a ama sem sonhos. Não sei amar sem sonhar. Mas a morte, ama tanto que parece sonhar. A rosa dos sonhos é eterna enquanto for flor, mas se tornou um sonho. A flor é a serenidade da vida. O tempo não é sereno como a vida. O tempo cuida dos sonhos, mas não cuida da vida. Vida, foste uma miragem, devaneio. Amor, prisioneiro meu, vi o céu pela sua escuridão, compreendi o sofrer da vida, pela escuridão do céu está claridade em mim, falta no céu. O céu é a esperança de ter a vida em meus abraços tolos de tanto amor. O amor, no céu, não desaparece. A fatalidade da morte é o amor. Durmo na morte sem querer despertar, para a vida ser eterna.
Impacto profundo |