Deixa a alma do lado de fora para que ela possa sentir o sol e captar o significado da vida na alma. O céu são hipóteses de que a vida é sozinha no céu. Será que necessito viver? Depois da vida não há eternidade, há o céu. Brinca com meus sonhos para o céu ser mais verdadeiro: sem mortes. Há mortes que se escondem. Na verdade, há mortes falsas, sem verdades. Sangue na alma e a solidão no corpo. O céu é um desespero sem solidão, onde as almas vivas em minhas poesias céu protetor, sem morte, vida, apenas palavras. Não há céu na lembrança, nem sem lembranças há céu. Trocar de lembrança é não ter outro em mim. Céu, você realizou meu pensamento. Não sei se o serei um dia. Mas, de alguma maneira, meus pensamentos se tornaram minha vida, mesmo sendo pensamentos de morte. Um dia serei a paz da rocha, a se debater no mar. Serei atenta ao amor que sinto, até ele se dividir em mim. Deixo a solidão falar para o meu desespero, não para mim. A solidão é o mundo, não as pessoas. Não são sozinhas, se fazem sozinhas, como um abraço de solidão, de tristezas. A tristeza é o que quis ser, por isso nada posso ser para a tristeza. Não há início nem fim na tristeza. Murchar a lembrança da vida, florescer a morte com a fé na morte. É contraditório ser, viver. Quando o espírito está nas mãos da morte impossível a morte está em mim, sou espírito. Sou o que fala no escutar indefinido do céu. Ensinei o céu a amar, a viver. Mudanças do céu é a minha liberdade de amar. Posso ser ainda mais se o céu, se Deus quiser.
O desespero é sem solidão |