A morte é essencial para a eternidade da poesia. A poesia, na morte, são vários sentimentos, várias vidas que confundo com a morte. Sorrir é ir além da morte, falo sorrindo como se eu falasse pelo sol, pelas estrelas. O tempo não substitui Deus. Deus é o tempo de Deus. Viver sem estrelas não é viver. Os passos da eternidade dançam para o meu amor, que não é eterno pelo que dura, mas pelo que sente. Amar é morrer. Morri como se fosse nascer. A morte é infinita no que sinto. Se tudo fosse morte, haveria mais vida. O sonho é sem impedimentos. A nostalgia me faz sonhar. A saudade é o fim de um sonho. O sonho é sem cenário e aplausos. Sonhar é elevar a alma, é não transcender. Morrer é alegria infinita, que não é morte, não é vida, é apenas feliz a alegria sendo apenas feliz. O real é imaginação. A morte não tem limite, como o sol e a chuva. A única coisa que a morte quer da vida é limite. Sonho melhor morta. Eu sou muito mais do que morte: sou o encontro da poesia com o nada do teu silêncio. Por isso, não escuto o nada, escuto teu silêncio a poluir o nada. Quero viver a poesia que existe somente em mim, sem ausências. A poesia impregna a pele com meu ser.
A vida se esclarece com a morte |