O fim é a subjetividade do ser, que é amado como merece: sem o seu fim. O fim não é o fim de si mesmo. A exaustão da vida é a alma. Amo, para ter a sensação de viver. Mas o amor nunca será uma sensação, amor é dar ao mundo o que é do mundo. O amor é perda da alma. A existência não quer a existência de ser. O amor existe e não é real. O amor é o entorpecimento de um sonho. A insensibilidade de sonhar é a eternidade do sonho. O fim do sonho é o amor. Estou foragida do amor. A alma está no corpo, fora do corpo. Alma é o meu esforço para viver. Alma pode ser qualquer coisa, alma é fé. Pensar é forçar o nada a uma realidade, que apenas o pensamento tem. No inconsciente, eu sou eu mesma. Pensar é deixar de ser. Alma e espírito, exclusão do ser, que domina a realidade, como se me excluir fosse manifestação de amor. O amor é a vida, a morte é o afastamento do ser em sua presença. A presença do ser não é minha presença, é a presença da vida. Corpo, alma, é uma maneira de aceitar a morte. A falta de morrer é a morte. Presença nunca existiria sem o meu amor, mas não é uma presença de amor, e sim de urgência, de solidão. Existo para a alma como única, e a imensidão se dispersa, até se tornar o meu desaparecer. Desapareci por existir para a alma. Enfim, juntas.