Blog da Liz de Sá Cavalcante

O meu mundo não é o mundo de todos

O amor anseia por um amor inexistente, como um sonho que vivo só. Carrego só a solidão, como um sacrifício, um fardo, por onde o sonho se dispersa na solidão, torna-se dor. Vencer o invencível pelo amor é Deus em mim. Ter Deus é morrer sem levar nenhum sentimento meu. A morte é um pedaço de Deus, e tudo que é Deus, me resigno, aceitando em meu sofrer. Meu mundo não tem Deus, é Deus. Por isso, espero permanecer no que amo, como sombra da minha ausência. Enquanto não puder ser eu, não posso morrer. Morrer é um prazer de alma, que me faz eterna no morrer. O sol mancha a minha morte, e o sol fica manchado também, até que amanheça, e o esquecer seja mais do que morrer.