Blog da Liz de Sá Cavalcante

Frustração

O tempo não é o ser, é feito do ser. O ser é a evolução emocional do mundo. É o amor do mundo, onde o mundo não evolui. O ser evolui sem o mundo. O mundo nada é para o ser. O mundo do adeus é o ser do mundo. O tempo existe na morte, no fim. Morte do que? Do recolhimento. É se abrir para o vento e ouvir o coração bater e amar a vida, como se não existisse amanhã além do meu corpo, de mim, e transformar tudo em poesia, como se a poesia pudesse ser a plenitude de mim. Eu viverei um dia sem poesia, mas sempre terei a plenitude de mim. Tudo que sou devo à plenitude de mim. Alegre ou triste, sou plena. Ninguém percebe que sou, por isso sou mais ainda. A invisibilidade é amor, um apoio para viver no espaço em branco, no vazio da alma. No vazio me encontrei. As minhas lágrimas são vidas não vividas. Serão vividas no meu chorar.