Meu corpo é a minha eternidade jogada no mar. Sofrer menos pela eternidade e descobrir a minha eternidade particular. De eternidade em eternidade, vou morrer. Não há mais ser para morrer, há apenas a morte, submissa a si mesma. A morte lembra que existiu vida e, com isso, ela tem força para padecer só, sem morrer. A morte é eterna, como uma flor que murcha, como uma lágrima nunca derramada. Chorar traz a vida de volta. Meu corpo não sabe o que sofreu por não chorar. A alma sabe. A alma não mente, sonha com sua verdade e a assume até morrer. Morrer é ter pelo que morrer. Nunca é tarde para morrer.
