O ser é o não querer de si mesmo, mas não consegue ser o seu fim, nem por mim, nem pela morte, nem por ninguém. O ser não tem liberdade em morrer. Nada morre como ser, morre como morte. Morrer não nos torna iguais. Cada um tem a sua morte particular. No sonho as mortes são iguais. O mar encolhe a alma; o Sol a determina. O Sol é a alma interior, onde não há pertencimento. Mas a alma não é despertencimento, é o escutar da vida. A vida sem ser escutada é a morte do que já morreu. Não existem cinzas, e sim saudade de recomeçar algo, nem que seja morrer.
