Blog da Liz de Sá Cavalcante

Entrar na alma para não sair da alma

Quero, sem corpo, para não sair da alma. O corpo não me deixa ter alma. A alma é fácil de ter corpo, pois basta suspirar. Suspiro o nada que existe. Não suspiro por mim. É demais para mim. Entrar é sair da alma. Escrevo igual a como anoitece. A escrita é o fim da alma como poesia, por isso nada coloco para dentro, além de escrever. Escrever sou eu. A eternidade é sair de dentro da alma, sendo lembrada.