A morte é o único ser de um único mundo. A morte é um suspirar no infinito. A solidão da morte é o infinito da minha liberdade. Sou só por necessitar morrer, como se eu fosse de vidro e, por isso, seria indestrutível nos cacos de vidro, que se espalham, dando lugar ao meu ser. Ser para mim é isolar a imaginação da vida. A vida não merece a minha imaginação. O Sol esquenta o imaginar. Fico sem o olhar de Deus e apenas me imagino, sem me olhar. Meu olhar se esconde por dentro de mim. Afundei-me na minha superfície por pensar em ver com o olhar e não com a morte.
