A perfeição é onde o viver é o mesmo morrer. Moldar a alma, a esculpir no meu amor. Não acredito em saudade que dá um fim à vida. A saudade de viver é um abismo de fantasma, onde clareia o ar. A escuridão do ar é o fim da saudade de viver. Começo a ter saudade de mim, uma saudade sem faltas. A saudade de viver é apenas falta. A insensibilidade é amor. O que vai ser de mim em mim? Este flutuar de alegria rompe com tudo. O que é tudo? Deus é tudo sendo amor? Sem Deus, não se pode resumir Deus nas palavras de Deus. As palavras de Deus, com significado em Deus, são tudo que consigo escutar, sem nunca poder falar em Deus. Falar em Deus é uma nova plenitude, com presente, passado, futuro. Para mim, basta a plenitude. Ela é uma história infinita, é muito mais essencial que ver a vida, o presente, o passado, o futuro e esperar o fim. Espero viver a plenitude. A plenitude do ser me separa da plenitude interior. Se a plenitude do mundo é o ser, o que eu sou? A razão da plenitude? Sou triste na plenitude, na vida. Sou feliz em mim. Em mim meu corpo é tão feliz como sou. A solidão do corpo é a alma. É o próximo, é a falta de adeus que me acolhem em vida. Viver é o mesmo morrer, onde a plenitude é uma só: a calma de viver o amor da vida, como se houvesse várias plenitudes dentro de mim.
