Blog da Liz de Sá Cavalcante

Incredulidade

Se eu não tivesse mãos, seria apenas mãos. A incredulidade do dar é receber com mãos vazias. Temo a força das minhas mãos escrever. As minhas mãos dominam a minha alma. Mãos têm amor que penetram no meu amor. O sonho é a espontaneidade do amor. O céu, desespero do nada nas minhas mãos. Tenho a essência das mãos sem ter mãos. Resolvi ficar nas minhas mãos, com o atrito do corpo nas minhas mãos. E, assim, a ausência absorve o tempo, apenas para eu morrer, escapando das minhas mãos.