O Sol é uma utopia, um sonho sem sonho, no qual desmaio minha alma. O amanhecer sem Sol é o reconhecimento desse sonho. Sonho de Sol, realidade sem chuva, sem Sol, é apenas a distância do tempo do sonho. O sonho não é real, o tempo do sonho não é real. O sonho não sonha. A morte é uma qualidade insensível do ser, ampara o Sol, antes dele se desmanchar, e o torna o ser do amanhecer. Deixa a alma no debruçar do céu romper a discórdia divina pela união divina. A vida nasce da destruição divina para apenas Deus ser divino. A sensibilidade é a insensibilidade humana, confiança de Deus no amor que sentimos. A insensibilidade é amor. A percepção é uma ausência, não sei se da vida, de mim, de Deus. Conceber o Sol como o exterior do ser, que amanhece sem amanhecer, como um amanhecer jeito de Sol, sem Sol. O Sol derrete a sensação do Sol no calor da mente. O distante é sensível, é a falta de mim, em mim. Nenhum amor traz a vida de volta. A volta do amor é o seu fim. A poesia é um ser que não nasce, coloca sua frustração em mim. Estou anestesiada pelo meu corpo, por ele não me causar dor. Sua dor é minha dor: a poesia.