Não esqueço por ser eu, esquecer é alma, para haver a descontinuidade na vida, na continuidade de ser. Saudade de me despertencer, numa realidade infinita. O céu desaparece no meu amor. Tudo é real sem mim. Em mim o real é apenas minha alma. O céu morre no vazio de mim. Nada é fiel na morte. O sentir é vazio. O nada sente o vazio na sensação de pertencer. O não pertencer é a alma. Conviver com a morte é o meu corpo morto, não ser esquecido por Deus não é apenas uma lembrança para Deus, meu corpo vive nele, como a poesia que não pude escrever para Deus, ela foi escrita em seu amor. A fragilidade é o infinito, se doando de amor. O tempo, refém do infinito, ama em único adeus: o sempre o jamais.