Blog da Liz de Sá Cavalcante

O meu ser eterno e o meu ser do fim

Sinto-me eterna sem nada ser. O eterno é por mim. O fim é penas o começo da eternidade. O fim sem a eternidade acaba em pele, em vida. O ser eterno em mim é minha consciência. A consciência da consciência não é mais consciência, é amor. Consciência sem amor é inconsciência. Ter amor pelo meu corpo me liberta da minha alma, sem abandono. Detalhes são almas secas por chorar. Úmida, estou eu, a morrer inundada de amor. Um amor que não devia existir. Eu o fiz existir para morrer no amor. Alma, desalento essencial para morrer. Sinto o amor sem me sentir. O sangue é o meu rosto sem morte. O martírio de esquecer cessa no eu.