Desligo-me da morte, esquecendo a vida. Falo os nadas do meu pensamento: concluí o viver. Corpo no corpo é sem ser. O corpo no ser não é corpo. É um passado sem alma a se tornar um fantasma do meu amor. Essa moleza de alma é o espírito, a vida. Nós duas não podemos renunciar o nós inexistente. Morrer é respirar por mim. Morrer não é renúncia, é pertencimento. Amor não é inconsciência. Desamor não é inconsciência. Inconsciência é nada sentir. O real escapa pela natureza de ser, onde se morre a sentir. Sentir é um fato concreto da ilusão. A ilusão se perde em si. Em si mesma, a ilusão não é ilusão. Pelo sonho, encaro a vida, tão distante quanto uma ilusão.