A angústia é o apoio da alma, por um céu piedoso em palavras de estrelas. Como me convencer que morri? O que falta no especial é ser comum. Desatar o nada no nada é alienamento, é o cuidado com o outro. Aproveitar o sofrer de morrer, enquanto ele existe. Faz tanto tempo que não sei de mim, que não adianta mais saber. Sai de mim, é irreversível. Não existe um lugar para um lugar. Por isso tenho que fazer de mim meu lugar, minha alma, meu dever, minha liberdade. Faço da tua ausência, a minha presença. Presença é não ser, por um infinito melhor. O infinito é o fim de si mesmo, na morte do fim. Ir, partir, não me leva de mim: apenas me faz morrer. O ir e ficar sem mim, é ansiedade vazia de viver, de morrer. Quero ser apenas este ir e partir, onde a vida, se esconde de mim. Eu, desperta na morte, sem ansiedade de morrer, já conheço minha morte antes de mim. A vida vela a morte: essa é a existência do meu ser sem o nada. A morte é o céu? Que céu sobrevive à morte? Como separar eu de mim? Sendo eu, sendo nada. Como sentir o infinito da vida, comigo a morrer? O que é morrer perto do nada? É nada. Escrever é o sol do nada a cobrir o infinito de ser. Nada no ser é seu fim. Seu fim é Deus. O fim para o infinito de mim, onde o corpo não sou mais eu. O infinito do corpo é a morte, sem o infinito de mim. Cuido da perda do meu corpo, não sendo ausente de mim. Ausência é deixar a liberdade pela proximidade de mim. Nada é levado a sério na alma. Confundo a alma e ser. A alma se confunde em ausências. A ausência é plena de histórias não vividas. Sinto as histórias ausentes, como a vida que vivi como morte apenas o recomeço é ausência da presença. Recomeço é a alma, na exaltação ao sol, que é quando a alma se harmoniza. O que há depois do sol? A ventania de um adeus.