Blog da Liz de Sá Cavalcante

Desapego da alma

Tudo que começa começa pela falta do fim. A alma é apego da razão no desapego da vida. A paz não é profunda como a dor. Sofrer é amor. O sangue escolhe o que quer da vida. Alma, sem sangue, vida. Sangue não é vida. Foi por isso que o sol sorriu, até esparramar-se no chão, para trazer o céu para perto. Não consigo imaginar, no desapego da alma, o céu de todos. A compreensão do ser é a morte, não capta a morte ao morrer, e sim ao viver. Tudo dura na morte, que desliza, de tanta permanência, assim o amor é a impermanência da permanência. O amor é uma maneira de lembrar da vida sem a tua luz. O que escapa ao amor, permanência da luz sobre a luz. O que escapa sem amor é a luz eternizada, é o ser. A alma se apaga na luz do ser, que não apenas ilumina, é luz. A luz rompe o céu de luz. A luz tornou-se o único céu, onde olho para o céu, como sendo espelho da minha alma. O céu é o desapego da alma.