O olhar ultrapassou o nada. Prometeu que vai ver, cada vez mais. O que é o olhar, além de se bastar só, ser capaz de nada. Renascer do nada é um privilégio. Renascer é perder a alma. Renascer é para toda a vida. O renascer é chato, banal, monótono. O nada é renascer. Nada ganho, aproveito em renascer. Tenho alma apenas no renascer de mim. Nada em mim renasce. Fico sem alma, como se isso fosse um presente, como se houvesse alegria sem alma. Minha única alegria, seria a alma em mim. Nada satisfaz a alegria. É essencial morrer, ao menos para mim. Quanto tempo se passou sem eu morrer? Estou em busca do tempo perdido que não existe: isso é não morrer. É ser eu o tempo perdido, no infinito de mim.