Blog da Liz de Sá Cavalcante

Iluminando-me

O que há na verdade para compreender? Eu compreendo a luz e a escuridão sem necessidade de luz ou escuridão. Quero apenas que o meu desaparecer não afete luz ou escuridão. Luz e escuridão se misturam, nasce o olhar. Meu amor mudo, torna-me o que vejo. Ver é nunca encontrar. Ver é estagnar numa lembrança. Nada se vive em alguém. Posso viver por mim. E o que faço com a realidade do outro? Nada é inesperado até mesmo o morrer. Mas essa previsibilidade envolve o nada. Meu ser morre sem morrer. A morte imaginária é capaz de se deixar levar no mar seco. A morte imaginária é o tempo que me resta, mas não é tudo que sou.