Blog da Liz de Sá Cavalcante

Imponderável

A morte é abertura para o mundo. Quero ser inteira na vida e na morte, mas não quero ser inteira na minha solidão para não morrer. Morrer é falta do céu. O ser é a solidão da vida. O tempo da solidão é o mesmo tempo do amor. O esquecer é um ser que evolui só, sem histórias, sem vivências, apenas esse saber eterno de esquecer. Minha alma é amor. A ausência de Deus é a alma. A alma nasceu do meu respirar ausente. A ausência é vida. O respirar é regredir na alma. O tempo refaz a vida, com a minha morte. Escapo do tempo ao viver.