A perda do ser e o nada é o amor. O grito da escuridão é a luz. Minha imagem é idêntica a mim, quando é o meu passado. O que é da alma não é do ser. A morte não faz o nada viver, o nada é corpo do seu corpo. É alma da minha alma, onde penso ser ausente. Teu corpo, mas sou eu que sou ausente no corpo, ao penetrar na alma como se a alma fosse o fim do corpo, é a continuação do corpo, na tua espera, vida. Te encontrar é como ver o que não há em mim. Luzes de emoção apagam o prazer, deixa nós no nós de nós mesmos. Critico o ser pelo nada. O nada é a imaginação. O sono da eternidade é a imaginação. Cores entristecem a alma, por haver vida. As cores querem ser escuridão. A vida são as minhas mãos na cor da poesia, olhar a poesia, é a morte da alma. Mexo na poesia sem morrer: é a alienação de uma morte. A poesia é intocável até sendo lida. Ser feliz é morrer. Morrer na tranquilidade da falta de sonhos. Ser feliz já é sonhar. Não há vontade em viver, ser feliz. Não tenho como demonstrar quem sou, por isso, sou feliz, na inocência sem mim, de mim. A morte não significa morrer: é a proximidade sem adeus. O adeus não é próximo do adeus. Apenas o adeus mantém meu amor na morte. A morte nasce sem adeus. Nascer é poesia.