Blog da Liz de Sá Cavalcante

O nada surdo no transcender da voz

O silêncio é eterno na fala, no nada, nos sonhos. Surdez é vida, onde escuto a lembrança de mim no meu não ser. Que é de outras maneiras mais consciente que escutar a lembrança de mim: é o ser da alma, da consciência da alma. Escutar não é compreender. A compressão é olhar a vida onde ela me vê. Não me dou a mim: essa é a minha essência, meu anoitecer eterno. Navego em mim, onde minhas ausências não podem me penetrar, o sol me penetra sem ausências. A ausência não me penetra, me incorpora. Minha voz, minha presença é a falta de me incorporar. Não tenho surdez tendo a mim.