Blog da Liz de Sá Cavalcante

Luz intensa

A vida não é esse agora. Não há como ser esse agora em mim. Os movimentos do meu corpo são a minha insensibilidade agindo em mim. Sou insensível com minha morte, como uma pedra que cai na alma, é do tamanho da minha dor, mas a morte não mede minha dor inigualável, rara, perfeita. A luz se desfaz em morte. Nasce a luz real que entra nos meus olhos, e deforma a vida no meu olhar. O olhar é o infinito da vida. Conter a inspiração sem o morrer é o vazio. Sem nenhuma instrução, o amor morre sem conhecer a vida. Luz intensa faz do meu desconhecer a minha morte.