Sobrevivo ao tempo e ao depois, com a vida. Me reconcilio com o passado, como uma vela apagada, sem a escuridão perpétua de você. Fugir é falta de desespero: é como se o olhar falasse e eu me adivinhasse eu. O olhar cessa o desespero, para acreditar ser só. Nada é só ao partir. O que é ser no ser? É a autenticidade de morrer no nada. Meu corpo são dois nadas que se encontram. A diferença do nada para o nada é não se ver em si mesmo, nem pela diferença, nem pela igualdade. O cheiro do nada é a vida, são as lembranças. Mas nunca vivenciadas na saudade que ficou em mim, que não é vida, não é nada.