Nada pode ser a esperança perdida, brilha mais do que o sol. Minha esperança é inferior a uma esperança perdida. A esperança do céu é o sol. Quando termina o sol começa o ser independente da morte. A vida luta contra o sol de onde nasceu. Devo a esperança o meu nascer, a minha alma. Nunca terei o insuficiente para morrer. A alma é o suficiente para viver. Minha alma é Deus! O ardor da morte é minha pele. A morte é minha pele, viveria apenas sem pele. Não se pode morrer ou viver na solidão. A morte é a mesma para todos. O céu é o passado de Deus. Nós somos o agora para Deus. Sem Deus não há solidão, alegria, amor. Não posso ver Deus, por isso, o amo. Deus são minhas ausências. A ausência foi o sorrir mais pleno que já tive: foi como alcançar o céu em vida. Domino as coisas vazias: pois são eternas. Não uma eternidade qualquer, mas uma eternidade de alma, não da alma. O nada é a razão de tudo, menos da morte não sei como a morte sai do meu corpo feito alma, não tenho reação para viver. O corpo, em colapso por não morrer, se debate. Nada há em te esquecer, não é nem vazio. A alma é o vazio de ser. Viver do interior é viver da morte, como se não houvesse mais suspiro nem poesia, é como desaprender a amar. Se eu vir as coisas, e tudo se iluminar, perderei a alma. A escuridão mantém a alma na alma, isso é: em mim. Pecado, perdição, é não aceitar a perda da alma. Sem alma, irei viver, ao ter o nada dentro de mim. Não é justo viver. Mas o que é justo? Deus. Por isso, morri.