A realidade aparece em sua negatividade: no ser do meu ser. Não há distância no amor. Quero ter alma para que a distância de mim abrace minha alma sem o mundo. Sem a vida o amor é infinito, sem tristezas. O vácuo de mim é minha essência, que roubou minha morte de mim. Fico vazia sem a morte. Vazio preencho com o buraco dentro de mim. Esse buraco é a plenitude do vazio, sem o vazio de mim. A beleza da vida é a morte: fim do fim. Do fim que apazigua a terra da alma e faz morada. Flui natural minha morte, é como o despertar da natureza, fez-se em mim. É sede para saber onde vivo: estou dentro do amor de quem me ama. Não há ser em mim, além do ser do meu ser. Dessa incansável busca de nós. O amor cessa o ser. O ser da morte é o ser como presença. O nada é uma presença dentro de outra presença. A presença do céu são todas as presenças numa única presença: a presença da ausência. A ausência só significa o céu no mundo, no ser, no mundo do ser. A vida é um mundo particular da alma de Deus. O silêncio é a falta de alma a retornar ao nada, como sendo o sustentar do mundo do amor. O tremer do sol renuncia o amanhecer por um amor infinito. Tão infinito quando deixar de olhar a vida. Para a vida, o infinito é o meu olhar.