Blog da Liz de Sá Cavalcante

Despertei a morte

Despertei a morte, não com o meu ser, mas com um suspiro meu. O céu não sofre meu suspiro. Suspiro a minha voz, o meu absurdo de ser. Despertei na morte, sem o absurdo do meu ser. Meu ser deu asas à morte em vez de dar asas à imaginação. O sonhar exclui a alma que existe em mim, sem o meu suspirar de triste eternidade, sem ninguém e meu suspirar sai de mim como vida, faz do ninguém ninguém. E foi assim que despertar não é mais ilusão. Sonho escrevendo os meus sonhos, maneira bonita de morrer.