Blog da Liz de Sá Cavalcante

A consciência sem conhecimento

A consciência sem conhecimento é o infinito de mim, restos sem os restos do amor, é o ser em mim, em qualquer resto, em qualquer lugar, qualquer amor, onde o infinito seja apenas o ficar da lua, pelas estrelas da solidão. O céu é o conhecimento eterno da lua. A lua invade o céu. Pelo céu, a lembrança se constrói só, sem o ser. Nada no ser é o céu, por isso o ser tem que morrer sem o céu. A consciência do céu transforma o mundo. Não há céu no céu, mas o céu continua sendo céu, e eu tento conquistar o céu. É uma pena o céu ser apenas morte. Não há céu na alma, no meu ser. Tudo que posso ser serei, como a nitidez do céu dentro de mim. Nem ao morrer esqueço o céu. A vida, a morte, é apenas olhar o céu, separar as estrelas do amor, do sonhável, que não é o sonho, é o amor. Sem amor, viveria em cada estrela que brilha só, como é impossível esquecer esta consciência feita de céu, onde não é preciso conhecimento, tudo sei pelo céu. Mas, enquanto não existe céu, vivo das minhas certezas, do meu amor, como se fosse o céu.