Blog da Liz de Sá Cavalcante

O mortal e o imortal no ser

O melhor amor do mundo é ser mortal ou imortal no ser. Mortal ou imortal estão longe da realidade. A realidade é minha alegria, não faz nada, não vive sem mim. A tristeza é um vulto da presença da alegria na imagem da alegria. A alegria não é ver a vida como sendo eu. Alegria é ver vida em todos: até nos que não tem alma, ou não sabem amar. O fim e o começo de tudo é a vida. A vida é um fim no começo de ser. Ser é mais do que vida, ser é ser. Até em Deus, o ser não deixa de ser. As alcovas do céu são flores no mundo. A vida é o intermediário entre o ser e o mundo. Entre o céu e o mundo a existência do ser: sem o ser. Não posso isolar a existência do mundo, que é o meu não ser. Amar aos pedaços é ver o céu em mim. Paro tudo para viver, pois a vida nunca é sem amor. A vida é uma mãe: sempre me ama, até no meu desamor. Cinzas de sol, lua, estrelas acalentam o amor do céu.