Blog da Liz de Sá Cavalcante

O morrer da escuridão

Meu vazio não é apenas de mim, não é apenas vida, apenas morte, é morrer na escuridão. Sem mim, não me sinto vazia, sorrio sem o motivo alcançar o meu sorrir. O motivo de sorrir é o próprio sorrir. Livre a alma que se atormenta com o não, responde com um sim. O morrer na escuridão foi meu único sim. A dor do amor não é o que morreu em mim, mas é o que vive em mim. Choro e rio da morte em mim, há um morrer que não se guarda: o morrer interior. Que nada falte à vida, mas o que me falta neste arrependimento de existir. Mas, ainda existo como teu silêncio, que é onde fica a vida. O corpo, a alma, é uma maneira de me esquecer, ficar em mim, onde a alma é humana, e a vida é importante, pela alma do ser. O que dorme não é a ausência, a ausência é consciência. Tudo parece ser apenas consciência, mas a única consciência é a alma. A presença de mim precisa ser esquecida pela alma, como consciência da alma.