São vivências tenho a morte em mim, não se afaste: tenho vida também dentro de mim. A vida me ensina a ser eu, a morte também. Se deixei de ser, ainda sou. As pessoas partem, não são minhas, nem delas mesmas: essa é a beleza da vida. Vidas permanecem no amor, que também não é eterno: é apenas sonho. Fecho os olhos, o sonho desaparece. Nada mais é sonho. Mesmo assim, o sonho existe inconsciente de mim, imune a existência, como se a única vida fosse me abraçar sem o meu abraço infinito, sabendo que este é seu único abraço e foi dado a mim. Sofrer é uma morte civilizada. Não quero a morte dos sonhos e sim a morte real. Sonhar é falta de morrer. Ter sonhos é morrer. Para que sonhos?