Meu ser é ser apenas em si. Em si, a inexistência é real como o infinito de um abismo. A única presença é ausência para o céu, para os sonhos. O começo não é o cessar do fim. A vida me impede de viver. O amor é falta de conhecer a mim. Encontrei-me em um desamor profundo, intenso: é como me ter em sonhos perdidos. O segredo da morte é a vida dentro de si. Não há vida sem a morte. Morrer é a vida se realizando, fazendo o céu existir sem vida, na vida da vida. O amor é triste por ser amor: sonhar é vida: sonhar é vida, que o amor não tem.