Blog da Liz de Sá Cavalcante

Elevar a morte

Levantar a morte do meu calvário. Meu tormento não chega ao tormento de viver. Quando vou ver? Quando cessar o amor? Na minha morte? O que ainda são os meus olhos? Viver não significa amor, o amor é mais do que eu, do que a vida. Eu espero amor, assim como eu espero dormir: a insônia não deixa. O corpo desvenda a alma, ao morrer. Estou dentro da alma, nunca dentro de mim. Negar a negação é o meu eu saindo de mim: sem alma. Minhas entranhas sem alma são a minha vida.