Não consigo demorar na alma, ela cessa, me salvando do vazio, além de si mesma. O olhar fala apenas do vazio da alma. O vazio esvazia, não perde o seu encanto que alma suspende o vazio em pausas de alma? Essa pausa é o infinito, a colorir a morte. Escuto os passos da eternidade a se perderem sem rumo, sem o manifestar da indiferença, por isso sou indiferente, como um sol a nascer na noite. Nada é destino: é insensatez no voar do sol, da esperança. Eu acredito na morte sem me ver. O luar despedaçado pela angústia no meu peito me fez chorar, me fez viver, me sentindo tão viva, parece impossível que minha vida tenha um fim.