A realidade do sonho é o nada da sensibilidade. O desespero é sensível à alma. A essência não é uma qualidade: é ver nas coisas mais do que as coisas. As coisas são a essência da essência. A vida é complexa como um sol a sair de dentro de si, a respirar nuvens. Respirar vai além da luz, da saudade de viver. Mãos respiram só. O isto ou aquilo é a negação do ser. Negar é esperar por algo que não precisa ser para mim. Chorar não é negar: é sentir a dor de realidade. Se nega a realidade em ser feliz. Apenas o olhar vê a realidade pelo ser. Respirar cansa o pensamento. Sou iniciante em respirar. Preciso ser ou sou essência? Penetrar na morte é me despedir da morte. A impermanência da alma, é a falta de mim: me faz companhia. Como socorrer as lágrimas de mim? É difícil ser o fim do meu sofrer. Sofrer é a alma feliz. Alegria é um segredo que o tempo não perdoa. O eu, ausência de mim, é a vida. Com a vida ausente, posso sonhar. Meu sonho ausente ou presente não é a vida. Vida, torna-me luz.