O silêncio eterno é o mesmo silêncio do fim. Não há fim, não há eternidade sem o silêncio. Penetrei inerte em mim. Estou em mim. Estou em inércia no meu pensar. Apenas o silêncio é diferente de tudo. O silêncio é capaz de mudar pela alma, meu ser não é irredutível: somente consegue ser si mesmo, para si mesmo. O silêncio foi hostilizado, massacrado pelo amor. Vivo por amor. O nascer da morte é a alma quer dedico a mim, com dedicação, cuidado, zelo. Nunca imaginei me perder na alma, não por ter alma. Limito-me na alma. O silêncio é a vazia alma, como um momento que nunca estará perdido. Momentos deveriam ser perdidos na alma. Se eu conseguisse me dividir em alma, seria tudo e muito mais.