A vida não se busca na morte: sem reconciliação, sem o nada, morre no nada. Eu que busco a morte não morri, há muita vida em mim, mesmo com essa mania de morrer. Que importa a morte, a tristeza? Meu tempo é outro: o amor, as vezes que perdi, nem tudo estava perdido: foi isso que perdi: esse tentar viver. Amo o tudo, amo o nada em mim, senão não é amor. Cada folha que cai da árvore é uma alma que morre como natureza. Eu me supero por me emocionar comigo. Nada solta o olhar de nossas mãos, do nosso abandono.