A inessência é o infinito da vida, que se divide entre o antes e o depois de mim. Antes de mim a inessência sempre amou, e até o depois de mim acabar como o meu fim. O fim é o reconhecer que não tem fala, amor. O caixão do silêncio está aberto de sol, alma, alegria. Agir em silêncio é cativar a alma. A vida supre o silêncio ficando dentro do sol. Dentro do sol o silêncio definha, perde as forças como se fosse falar em silêncio absoluto, onde a ausência cessa, desfazendo o sol. Não há silêncios, nem palavras de sol. Estou dentro de mim quando o sol penetra na alma. O fundo do ser é o seu silêncio. Na alma o silêncio ganha vida. Começar o dia sem o dia é sonhar além do amanhecer.