Pesando-me em flor sem matar-me por dentro de mim. O espelho do nada é a esperança da minha imagem. Imagem sem céu, puro olhar. Pesando-me em flor, meu olhar se eterniza. A realidade não é eterna, a realidade do olhar é eterna: é como nunca ter alegria, por ter eternidade: plenitude sem alegrias. Escrevo a eternidade inexistente em mim. O sonho é eternidade da alma. Pesando-me em flor, a alma nada precisa significar para mim. Precisa apenas sonhar meus sonhos. Nada se perde em flor: a saudade, o amor, a solidão de amar, não se perdem em flor. A suavidade do esquecer é uma flor sem ser em flor. Me esqueci da vida, no amor.