Blog da Liz de Sá Cavalcante

Exílio da saudade

Falsas lembranças do amor me matam por dentro, me exila na saudade do nada. O nada é sem sol, sem vida, sem mim. O nada me tem apenas na poesia. Violentou a minha alma para não me violentar. Nunca vou te esquecer, exílio da saudade. Eu sou nada sem estar exilada na saudade, que está cravada no meu corpo, na carne da alma. Morri exilada de mim. O nada é uma forma de me expressar, de ficar perto de mim. O desgosto de viver é como uma luz. Preciso ver através da luz sem a vida, sem o peso da vida. O único peso que eu carrego é o do meu corpo, é o da morte, onde não há exílio, saudade. Tudo se recolhe na sombra de conviver.