Blog da Liz de Sá Cavalcante

O nada se torna vida

A vida é a discordância da alma. Eu aceito a alma, aceitar a alma não é ir contra a vida. A vida é muito mais do que alma, a vida é um abraço que não se perde em morrer. A força da alma são as flores. Onde há flores, há alma. As lágrimas são o meu querer eterno de sofrer. O sofrer é dilacerante sem as lágrimas, tão ansiosa pelo volúvel ar de suas palavras, pelo amor que respiro ao escrevê-las, é como se nascessem agora. Tudo posso esperar por sofrer. A alma me faz não viver, para eu ser o meu respirar, e, assim, nasce a poesia. A poesia é um respirar sem vida.