O sofrer da ausência é minha paz. A responsabilidade com minha alma, é meu amor pela vida. A vida se escolhe na alma. Não há um sentir puro como o da alma. A alma é a vida. Arriscar a alma para ser feliz. Mesmo que Deus não me escute, escutar a alma é como se me escutasse. O não escutar da alma é o seu amor por mim. Recuperar a alma diante do nada é como a infinitude de uma poesia, excluída do mundo por estar dentro da alma. Descobri o não ser na minha fé. Fé, faça o que quiser por mim. O nada nas mãos é o mármore do meu silêncio. Faz falta o nada nas mãos, é com ele que seguro o mundo, para não desabar em mim. O mundo desaba em mim, deixando-me vazia com mãos de sofrer. Minhas mãos são o meu mundo. A alma não se sente alma. Senti o fim em mim. Eu sou o fim da morte, no inacabamento do nada. O florir do meu ser não é a vida. Vida, é o que não floresce nem pela vida. Nem mesmo pelo florir. A alma confiando no céu se dá ao céu, eu me sinto só na alma, como se não existisse céu. Não há céu em mim, em mim, apenas tristeza.